A Caixa Econômica Federal planeja disponibilizar opções de crédito a 30 milhões de brasileiros ao longo de 2021. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, neste sábado, 12, o presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que a proposta é iniciar as ofertas a 10 milhões de pessoas a partir de março do ano que vem. Para isso, o aplicativo Caixa Tem, utilizado atualmente para movimentações do auxílio emergencial, será transformado em um “banco digital”. “Nosso objetivo é de 30 milhões de brasileiros, mas para chegar a isso pode ser que demore até o final de 2022. Não vou prometer [empréstimo total ainda em 2021] porque, diferente do auxílio emergencial, que é uma transferência de renda, o crédito a pessoa precisa pedir. Ofereceremos para os clientes um crédito pré-aprovado, ou seja, o cliente vai receber uma oferta de microcrédito ou um crédito pessoal”, comenta. Segundo Guimarães a proposta busca atingir os 38 milhões de invisíveis, chamdos por ele de ex-invisíveis, identificados pelo governo federal em 2020. Além disso, a proposta também busca abranger os 35 milhões de brasileiros que não tinham conta em banco e, com isso, acabam emprestando valores “em financeiras e agiotas e pagam até 20% ao mês, enquanto as nossas taxas devem variar de 1% a 2% ao mês”.
A Caixa inicia, neste domingo, 14, o pagamento da última parcela do auxílio emergencial, que acontece até 29 de dezembro. Fazendo um balanço, Pedro Guimarães destaca que 120 milhões de brasileiros receberam algum tipo de benefício neste ano, citando outras ações do governo que contribuíram com os pagamentos, como o saque do FGTS. Segundo ele, oito em cada 10 adultos receberam algum tipo de benefício, o que deve totalizar quase R$ 300 bilhões repassados. O presidente da Caixa reconhece que, nos primeiros meses do auxílio emergencial, falhas levaram a pagamentos indevidos. No entanto, ele reforça que os valores serão restituídos. “No começo, em especial no primeiro pagamento, havia toda aquela pressão. Em 20 dias pagaemos 50 milhões de brasileiros, sendo que 30 milhões nunca tiveram cadastro. Houve falhas porque, por algum motivo, alguma das bases de dados teve problemas e essas falhas foram sendo corridas mês a mês. Todas as pessoas que receberam o benefício sem poder estão recebendo cobranças e terão que pagar sob pena de uma série de consequências. O governo vai atrás sim.”
Fonte: Veja